segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Perdição

Andante oculto em afãs fenecidos,
Donde os pés envoltos em mar,
Saboreavam o mareado andar,
dos passos que iam esquecidos.

Se de feras o sol ofusca sumido,
Um lume encalda o algido temor,
que se de perda a vida carece a dor,
então de dor o mundo se tem perdido.

Perdido se-lhe-á aquele suspiro ardil,
o vulto que lhe cobre a maculada mente,
proprio do terror que lhe semeia o vil,

quando está sob o pesar do que sente,
vai-se além do seu pecado cruel, pueril,
encontrar-se perdido na solidão ardente.

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