É cedo, e o sol nasce no horizonte.
Não há ninguém, e o silêncio impera.
A água vai e vem, cria-se nova era,
e nada se renova, e morre a fonte.
Ouve-se o mar, e o céu sorri comovido.
É onda, e siri correndo assaz apressado.
É céu, é mar, é silêncio inconformado,
preso nas circunstâncias do acontecido.
Prende-se no silêncio, e o peito se conforta.
As estigmas do céu são cores desbotadas,
feridas pela natureza ferina que a recorta.
Os homens, porém, com suas mãos atadas
vêem o céu se decompor em natureza morta,
mas não sentem nenhuma das punhaladas.
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