Se de profunda beleza encantável,
Que com feérico som soa tristeza,
De traços sublimes és quase estranheza,
De estranheza és singularidade inditável.
Imitaram-te ao fazer as estrelas,
Até vosso lume fizeram copiar,
Seus olhos tentaram expiar,
Para de ti conseguir esconde-las.
Mas nada podem contra vossa beleza,
Que equipara-se às deusas perdidas,
Já que aqui tudo seria apenas tristeza,
Pois sem vós teríamos vidas aturdidas,
Sem pensamento e também sem alteza,
Num reino vagante de almas feridas.
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